quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cerveja & Gastronomia.

A esfera gastronômica predominou nesta quarta-feira, 06 de julho, segundo dia do XII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira.

O auge da palestra foram as harmonizações propostas por Vinícius Cassarotti, sommelier de cerveja e docente do Senac-Taubaté, algumas convencionais e outras ousadas, entre elas a tradicional combinação de chocolate meio amargo com cerveja Stout, escura e levemente adocicada.


Na segunda experiência, o sommelier reduziu a cerveja Baden Baden a um molho caramelado, combinado a queijo coalho e à própria bebida.

Vinícius apresentou ao público os dez mandamentos da harmonização de cervejas:

• Cervejas leves devem harmonizar com pratos leves
• Cervejas doces combinam com pratos doces
• Cerveja ácidas precisam de pratos salgados
• Cervejas refrescantes harmonizam com pratos gordurosos e condimentados
• Cervejas encorpadas e ricas em sabores combinam com carne vermelha
• Cervejas doces são boa companhia para queijos fortes e sobremesas
• Sempre harmonizar a cerveja com os molhos e não com o que está sob eles
• Marinar aves, peixes e carnes com cerveja garante ótimos resultados
• Defumados nem sempre combinam com cervejas defumadas
• Harmonizar é potencializar o sabor da cerveja e do que é servido com ela

Em seguida foi a vez de Pedro Cardoso, sommelier de cervejas, bartender e Docente do Senac-Aclimatação/SP, mostrar ao público como confecciona coqueteis com cervejas. Ele começou pelo mais óbvio: panachê de limão galego (30 ml de limão galego, 30ml de licor de lichia e cerveja lager à vontade).

Além dos ingredientes convencionais, qualquer coquetel que leve cerveja deve obedecer a princípios básicos: os copos são gelados com pedras de gelo, nunca adicionadas à bebida; todos os ingredientes devem estar previamente bem gelados e a mistura jamais é feita em coqueteleiras, porque a cerveja não gosta de ser sacudida. E sim no mixing glass, um grande copo de vidro transparente que condicionada os ingredientes, mexidos com uma colher de haste longa. Os copos devem ser escolhidos a dedo, de acordo com mistura oferecida.


O segundo coquetel, foi a base de espumante - cerveja Stout, e Txai (bebida de especiarias indianas). Depois demonstrou o Apple Beer, confeccionado com cerveja Lager, syroup de maçã verde e gotas de limão siciliano.

A seguir foi a vez do drinque de laranja, com 60 ml de suco da fruta, de preferência fresco, e cerveja Weiss à vontade (Pedro sempre mergulha e retira uma pedra de gelo na bebida antes de servi-la).

Por fim, o original drinque criado por ele durante o Congresso foi batizado de Drinque do Pedro. Feito em copo de martini, mistura o aperitivo italiano Apenol a licor de lixia e cerveja de sabor frutado, no caso, a sofisticada Kriek Boon (cerveja belga tipo Lambiefruit com 4,5% de teor alcoólico).

Para completar a variedade de abordagens, o professor César Adames, da Universidade Anhembi-Morumbi, do Senac e da International Bartenders Association, falou de Cervejas & Charutos. Nesse setor há alguma similaridade com a gastronomia: charutos leves, como os brasileiros, harmonizam com cervejas mais leves. Ele citou o exemplo da combinação entre os charutos Da Mata e a Baden Red Ale (cerveja brasileira tipo Barley Wine com 9,2% de teor alcóolico). Os encorpados vão bem com as encorpadas, como o cubano Hoyo de Monterrey e a Erdinger Pikantus (cerveja alemã tipo bock, com 7,3% de teor alcoólico. “O ideal é sempre dar a baforada depois do gole de cerveja, que lava as papilas gustativas”, ensinou César.

A manhã foi quebrada pelo beer brake, legítimo intervalo de um evento do gênero regado não a café, mas a cervejas especiais.

fonte: assessoria de imprensa

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